"Assim como o amor e a música, o xadrez tem o poder de tornar os homens felizes." (Tarrash)

terça-feira, 17 de abril de 2007

Do arrependimento.

Este texto será breve. E confessional. Por isso breve.

Começo com uma generalização. Muitas são as tentativas de explicar a origem da linguagem. Algumas delas me parecem cutucar a Verdade. Outras fazem cócegas nela. O que interessa é que apesar de sedutoras, a única idéia que utilizo aqui - e aqui começa a especialização - é a linguagem a partir da experiência.

Experiência, segundo outros tantos que pensam sobre outras tantas coisas mais, é algo fundamental para entendermos alguns tipos de conhecimento. Experimentalismo, Empirismo, e outros "ismos" estão por aí partindo dessa idéia simples: a experiência.

Porque estou dizendo tudo isso também é simples: quando me propus a falar sobre xadrez (sim, eu falo sobre xadrez, não escrevo, espero que essa diferença fique bem clara a vocês, ouvintes e não leitores), tive como base somente a experiência. Boas, ruins, péssimas, cômicas e infinitas, em alguns casos. O que acontece é que ela me possibilitou a linguagem, e para alguns, certo tipo de conhecimento. Tudo bem, quanto a isso não tenho maiores problemas... O que acontece é que as vezes me arrependo. Isso mesmo, discordo de mim mesma e acho que cometi equívocos irreparáveis falando de xadrez. Supresos com a confissão?

Eu mais ainda. Por exemplo, estou me arrependendo nesse exato instante. De ter dito a vocês, meus caros e pacientes ouvintes, que eu não sei é coisa nenhuma de xadrez. E portanto, essa linguagem aqui está um tanto quanto ultrapassada. De qualquer modo, percebendo o erro resolvi nessa metalinguagem dizer que pretendo melhorar. Bons e lúcidos textos sobre xadrez virão.

Preciso de mais experiência. Experiências, melhor dizendo.

Enquanto não tiver umas boas, falarei comigo mesmo.

(Se arrependimento matasse...)